Propostas

A Lista F recomenda as seguintes medidas à sessão escolar:


1º- Incluir a formação em gestão de conflitos na formação inicial de todos os professores e na oferta de formação contínua de docentes e não docentes

É importante que os docentes, e até os não docentes, saibam como agir da forma mais correcta quando se deparam com uma situação de bullying ou violência escolar. Muitas vezes, são estes quem está mais perto dos agressores e das vítimas dentro da comunidade escolar e que mais podem fazer para resolver ou tentar resolver a situação.
Se docentes e não docentes não estiverem informados acerca de como agir perante um caso de violência escolar, podem, até com a intenção de ajudar, agravar a situação, tornando “pior a emenda que o soneto”.


2º- Promover acções de formação e conferências para Encarregados de Educação

Não há quem queira melhor aos jovens do que os seus próprios pais, pelo menos na maior parte dos casos. E é em casa que devem começar a ser prevenidos estes problemas educando os filhos para respeitar os outros com as suas qualidades e defeitos. É também importante ensinar os pais /encarregados de educação a reconhecer os eventuais sinais “de alerta” que possam denunciar a existência de situações de bullying em que os seus filhos estejam a ser vítimas ou até agressores.


3º- Criar gabinetes de apoio ao aluno e à família em todas as escolas do país

Todas as escolas devem ter obrigatoriamente um psicólogo/a para apoiar e ajudar os alunos vitimas de violência (ou até os agressores), podendo também apoiar os pais destes e, neste momento, só há gabinetes de apoio ao aluno em 30 agrupamentos do país.
É importante que o aluno sinta que tem alguém qualificado para ajudar neste tipo de situação dentro da própria comunidade e ambiente escolar que lhe garanta confidencialidade e com quem se sinta confortável para conversar e que perceba o seu sofrimento, podendo, desta forma, resolver a revolta e tristeza interior com que se depara a vítima, mesmo que não consiga fazer com que o agressor pare logo com os “ataques”.

4 comentários:

  1. Parabéns pelas vossas proposta e, sobretudo, pelo vosso acto de cidadania.
    Fazendo de advogado do diabo, a primeira tarefa é sairmos do discurso ou espírito da Lei e ingressarmos na ação concreta. Como?
    1. Monitorizar e avaliar - As escolas precisam de recolher e analisar dados apropriados da natureza e intensidade do bullying e da violência escolar no seu espaço, nomeadamente identificar principais agressores e vítimas, monitorizando o seu comportamento.
    2. Criar Gabinetes de apoio ao aluno. Na sequência do ponto anterior, a escola deve possuir uma retaguarda que permita um trabalho consistente a este nível com profissionais qualificados para o efeito. Esta medida por proposta pela vossa lista é muito importante.
    3. O primeiro passo para uma pratica de cidadania saudável é, certamente, o de seguir alguns procedimentos de gestão participativa como, por exemplo, o de ouvir todos os segmentos envolvidos na comunidade escolar, em especial, os alunos. Depois, os Encarregados de Educação deviam ter a possibilidade de participar a assumirem uma responsabilidade activa não só na resolução mas, também, na prevenção. Não basta só informar.
    4. Por fim, e isto leva tempo, o reforço de uma educação para os valores e para o exercício de uma “boa” cidadania. O problema é que este último ponto, sendo dos mais importantes, não pode ser atingido por decreto (lei). A violência em meio escolar não é mais do que uma ilha que reflecte a imensidão de uma mar de violência (não é exagero ou atitude pessimista) que se espraia por todos os sectores da sociedade e tem a sua origem dentro da sua célula mais pequena: a família.

    Prof. João Montes

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  2. Boa noite professor. Antes de mais muito obrigado pelo seu comentário. Como sempre muito pertinente, esclarecedor e útil. Realmente o que falta é tirar estas ideias do papel e fazermos os possíveis para as pormos em prática.
    Um grande obrigado, Lista F (9ºE)

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  3. Desculpem algumas imprecisões na ortografia, que nem o acordo ortográfico salva mas, e como sabem, digitar ao correr não da "pena" mas do pensamento conduz a tal.
    Quanto às vossas propostas não se esqueçam que a escola é uma organização onde pontificam pessoas e é com elas que devem construir as vossas propostas. Devem ser pragmáticos/realistas nas opções estratégicas que irão defender. Não se esqueçam, também, que quem melhor conhece a realidade da violência em contexto escolar são os alunos porque é no seu seio que ela se gera. Assim, uma política de combate ao problema deve estar centrado no aluno: a montante, isto é, antes de acontecer, através de medidas preventivas, de sinalização e apoio, e a jusante (quando o problema surge) responsabilizando e acompanhando. Como? É uma reflexão que poderá conduzir a algumas medidas práticas, por exemplo:
    - A institucionalização de mediadores que criem ou potenciem um interface escola-família para as situações mais complexas;
    - A realização de projectos de relacionamento/integração multicultural;
    - Criar uma Regulamentação Interna, reflectida e participada. Alunos, professores, pais e outros membros da comunidade educativa devem, conjuntamente, regulamentar e normativizar a fim de criar climas interpessoais ajustados, sancionar quem promova ou quebre as regras definidas e integrar quem tem dificuldade em ajustar-se a esta micro sociedade que é a escola;
    - Apostar na melhoria da comunicação com o aluno. É preciso criar uma linguagem comum que contribua para alguma eficácia na acção;
    - O comportamento dentro da sala de aula deve ser objecto de uma definição clara de regras. A compreensão, por parte dos alunos, das razões que sustentam as regras é muito importante para a sua capacidade de regulação. Lembrem-se que, por vezes, os grandes problemas surgem da pequena indisciplina a que se dá tão pouca importância e que, frequentemente, exerce uma significativa violência psicológica sobre professores e alunos.
    E por hoje basta!!!!!
    Prof. João Montes

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  4. André silva18/01/11, 17:08

    Eu sou da lista alguma coisa de informática chamem o trolha!!

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